Welcome to my blog, hope you enjoy reading
RSS

terça-feira, 12 de agosto de 2014

“ O ser da sociedade como questão histórica”

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
ODONTOLOGIA - FILOSOFIA
“ O ser da sociedade como questão histórica”
Cristiano Mazo; Nádia Patrícia; Moara Martins; Ruann Marques; Ruth de Oliveira; Weverdston Corrêa.



1.Maurice Merleau- Ponty (1908-1961)
O filósofo francês Maurice Merleau-Ponty nasceu na cidade de Rochefor-sur-Mer no dia 14 de março de 1908. Para o filósofo, o Homem é o núcleo dos debates sobre o conhecer, que é criado e percebido em seu corpo. Segundo sua concepção, a filosofia permite um novo aprendizado do olhar sobre o universo que o envolve, um retorno ao âmago do objeto.
2.Claude Lefort (1924-2010)
Nascido em 1924, o professor (que também lecionou na Sorbonne ou na Universidade de São Paulo, Brasil) Lefort representa para o pensamento contemporâneo, e para o pensamento socialista, em particular. Aluno de Merleau-Ponty, faleceu, em 3 de outubro de 2010.


3.Sobre a Subjetividade e Objetividade
v    Para Merleau-Ponty, a filosofia está fundada na Subjetividade pura, enquanto a ciência, se encontra ancorada na Objetividade pura, e concebem o pensamento como ato de sobrevoo e os seres como objetos completamente determinados pelas operações do pensamento.

4.A Crítica Merleaupontiana
v    A crítica merleaupontiana desse projeto é simultaneamente, o abandono da cisão entre sujeito e objeto (Consciência e Coisa/Fato e Idéia) e de que a Filosofia e a Ciência não são a fonte do sentido, pois não há um ponto de partida absoluto do pensamento (Deus, a Natureza, o Homem, a Razão), pois todo PENSAMENTO se inicia num solo originário impensado e irrefletido.


5.O Social como história e como práxis
v    Toda a sociedade, por ser sociedade é histórica” ( pág 94).
Quando falamos em uma sociedade histórica, temos de imediato à ideia de uma data própria, instituições próprias, nascer, viver e morrer. Claude Lefort interroga a temporalidade das sociedades, uma vez que não estão no tempo, mas são tempo, já que não cessam de criar internamente sua diferença consigo, pois o tempo não é sucessão do passado ao presente e deste ao futuro, e sim criação da diferença  temporal interna, pela qual a sociedade possui seu passado e visualiza seu futuro como seus outros.
6.O Social como história e como práxis
Sobre as formações sociais com origem mítica ou teológica
v    Sociedade atemporal: “Essas sociedades na verdade operam no sentido de imobilizar a História, petrificando o tempo, graças a narração mítica ou à invenção teológica da origem de suas instituições” ( pág 96).
7.O Social como história e como práxis
Sobre as formações sociais com origem mítica ou teológica
Uma sociedade em que o momento de sua instituição ou de fundação pode ser representado por seus membros na dependência de um saber fundador e de um poder fundador exteriores, anteriores e transcendentes á sociedade (os deuses).
8.Sociedade Histórica – Temporal
v    “(...) é aquela que não pode conseguir essa petrificação do tempo” ( pág 97).
Com efeito, a origem é percebida como dependente da ação dos próprios homens, e, a questão é o da impossibilidade de determinar o ponto anterior à sua existência, pois nasce da ação dos homens ao mesmo tempo que é condição dessa ação. PORTANTO: Prática instituidora do social é ação de sujeitos que são instituídos como tais por esse mesmo social, então a sociedade é condição e efeito da ação que a institui. O fundante e o fundado estão numa relação de reciprocidade tal que se torna impossível determinar o ponto empírico (o fato) e o ponto ideal (a idéia) a partir dos quais se possa enunciar de modo positivo o começo da vida social. Esse é o problema da história(filosófico e prático) em determinar um ponto fixo no real que seja possível enunciar o começo da sociedade.As concepções Éticas nascem e se desenvolvem como respostas aos problemas sociais e históricos concretos surgidos nas relações entre os homens, em especial problemas que se relacionam com o comportamento moral. A determinação social e histórica dos problemas humanos determina a dimensão social e histórica das concepções Éticas na medida em que os tem como objeto.
9.Práxis Social
Pois o momento que a sociedade começa, também começam seus próprios sujeitos, que para colocá-los no real, já precisam da sociabilidade. Portanto: a sociedade não pode ser definida nem como idéia, nem como fato e sim, como TRABALHO, “é vir fazer ao mundo o que não existia”.A peculiaridade da práxis consiste justamente em ser um tipo de atividade na qual agente, meios, fins e ações não se separam.
10.Conclusão

Dizemos que a sociedade propriamente histórica não se petrifica, agora precisamos corrigí-la: Na ideologia liberal, a petrificação é obtida por meio de uma idéia, que parece contradize-la, a de progresso.O PASSADO contêm um germe: o PRESENTE, e este, o FUTURO. De maneira que o futuro ou a transformação já estão dados desde o início, e a totalidade do tempo está dominada.