PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
MINAS GERAIS
ODONTOLOGIA - FILOSOFIA
“ O ser da sociedade como questão
histórica”
Cristiano
Mazo; Nádia Patrícia; Moara Martins; Ruann Marques; Ruth de Oliveira;
Weverdston Corrêa.
1.Maurice
Merleau- Ponty (1908-1961)
O
filósofo francês Maurice Merleau-Ponty nasceu na cidade de
Rochefor-sur-Mer no dia 14 de março de 1908. Para o filósofo, o Homem é o
núcleo dos debates sobre o conhecer, que é criado e percebido em seu corpo.
Segundo sua concepção, a filosofia permite um novo aprendizado do olhar sobre o
universo que o envolve, um retorno ao âmago do objeto.
2.Claude
Lefort (1924-2010)
Nascido
em 1924, o professor (que também lecionou na Sorbonne ou na Universidade de São
Paulo, Brasil) Lefort representa para o pensamento contemporâneo, e para o
pensamento socialista, em particular. Aluno de Merleau-Ponty, faleceu, em 3 de
outubro de 2010.
3.Sobre a Subjetividade e
Objetividade
v Para
Merleau-Ponty, a filosofia está fundada na Subjetividade pura, enquanto
a ciência, se encontra ancorada na Objetividade pura, e concebem o
pensamento como ato de sobrevoo e os seres como objetos completamente
determinados pelas operações do pensamento.
4.A Crítica Merleaupontiana
v A
crítica merleaupontiana desse projeto é simultaneamente, o abandono da cisão
entre sujeito e objeto (Consciência e Coisa/Fato e Idéia) e de que a Filosofia
e a Ciência não são a fonte do sentido, pois não há um ponto de partida
absoluto do pensamento (Deus, a Natureza, o Homem, a Razão), pois todo
PENSAMENTO se inicia num solo originário impensado e irrefletido.
5.O Social como história e
como práxis
v
Toda a sociedade, por ser sociedade é
histórica” ( pág 94).
Quando falamos em uma sociedade histórica, temos de
imediato à ideia de uma data própria, instituições próprias, nascer, viver e
morrer. Claude Lefort interroga a temporalidade das sociedades, uma vez que não
estão no tempo, mas são tempo, já que não cessam de criar internamente sua
diferença consigo, pois o tempo não é sucessão do passado ao presente e deste
ao futuro, e sim criação da diferença
temporal interna, pela qual a sociedade possui seu passado e visualiza
seu futuro como seus outros.
6.O Social como história e como
práxis
Sobre as formações sociais com origem mítica ou teológica
Sobre as formações sociais com origem mítica ou teológica
v
Sociedade
atemporal: “Essas sociedades na verdade operam no sentido de imobilizar a
História, petrificando o tempo, graças a narração mítica ou à invenção
teológica da origem de suas instituições” ( pág 96).
7.O Social como história e
como práxis
Sobre as formações sociais com origem mítica ou teológica
Sobre as formações sociais com origem mítica ou teológica
Uma sociedade em que o momento de sua instituição ou
de fundação pode ser representado por seus membros na dependência de um saber
fundador e de um poder fundador exteriores, anteriores e transcendentes á
sociedade (os deuses).
8.Sociedade
Histórica – Temporal
v
“(...) é aquela que
não pode conseguir essa petrificação do tempo” ( pág 97).
Com efeito, a origem é percebida como dependente da ação
dos próprios homens, e, a questão é o da impossibilidade de determinar o ponto
anterior à sua existência, pois nasce da ação dos homens ao mesmo tempo que é
condição dessa ação. PORTANTO: Prática instituidora do social é ação de
sujeitos que são instituídos como tais por esse mesmo social, então a sociedade
é condição e efeito da ação que a institui. O fundante e o fundado estão numa
relação de reciprocidade tal que se torna impossível determinar o ponto
empírico (o fato) e o ponto ideal (a idéia) a partir dos quais se possa
enunciar de modo positivo o começo da vida social. Esse é o problema da
história(filosófico e prático) em determinar um ponto fixo no real que seja
possível enunciar o começo da sociedade.As concepções Éticas nascem e se
desenvolvem como respostas aos problemas sociais e históricos concretos
surgidos nas relações entre os homens, em especial problemas que se relacionam
com o comportamento moral. A determinação social e histórica dos problemas
humanos determina a dimensão social e histórica das concepções Éticas na medida
em que os tem como objeto.
9.Práxis
Social
Pois o momento que a sociedade começa, também
começam seus próprios sujeitos, que para colocá-los no real, já precisam da sociabilidade.
Portanto: a sociedade não pode ser definida nem como idéia, nem como fato e
sim, como TRABALHO, “é vir fazer ao mundo o que não existia”.A peculiaridade da
práxis consiste justamente em ser um tipo de atividade na qual agente, meios,
fins e ações não se separam.
10.Conclusão
Dizemos que a sociedade propriamente histórica não
se petrifica, agora precisamos corrigí-la: Na ideologia liberal, a petrificação
é obtida por meio de uma idéia, que parece contradize-la, a de progresso.O
PASSADO contêm um germe: o PRESENTE, e este, o FUTURO. De maneira que o futuro
ou a transformação já estão dados desde o início, e a totalidade do tempo está
dominada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário