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terça-feira, 27 de novembro de 2012

ANGÚSTIA E MEDOS


Interpretação do cap. referente ao livro "O caráter oculto da saúde"
Por Ruth Cecily

A angústia é um estado constante do ser humano. É a sensação de insegurança natural de qualquer pessoa, pois não somos capazes de prever o futuro, nunca sabemos ao certo o que nos espera. Vivemos num mundo desconhecido, daí parte a sensação eterna de angústia.

O medo, diferente da angústia, possui um objeto concreto, e se trata de um mecanismo de defesa, é saudável possuir medos, e a superação deles é um processo natural, até mesmo a aceitação. O grande desafio do ser humano é distinguir até onde esse medo se torna doentio e prejudicial para o individuo.

A vida é repleta de ansiedades, incertezas, inseguranças, enfim, angustias, e nós seres humanos lidamos bem com elas naturalmente, contudo, esse processo natural muitas vezes se mostra intensificado em várias pessoas, daí surge a necessidade de ajuda profissional. Muitas pessoas, na tentativa de lidar com suas angústias, tenta colocar um objeto a ela, pois facilita o tratamento da mesma, mas a angústia é indefinível, pois se trata de uma condição humana.

O lidar com nossas angústias é o que nos move à vida. A incerteza do amanhã nos move a elaborar objetivos de vida e viver tentando realiza-los. Se não existisse a certeza do fim, se tudo fosse eterno, a acomodação seria intensificada, e tudo seria deixado para depois, pois haveria tempo, e talvez muitas das conquistas que conhecemos hoje não estariam concluídas, nem ao menos cogitadas.

Nesse contexto, surge a maior angustia que todo ser humano carrega em seu âmago: A MORTE. A morte na atualidade recai de forma mais intensa do que nas épocas passadas, muito devido aos avanços tecnológicos e científicos na medicina principalmente. Num universo hoje onde toda doença tem no mínimo um tratamento paliativo, aceitar a morte se tornou um desafio cruel.

Contudo, a certeza da morte, e a incerteza do quando e do pós-morte, são os principais precursores do universo que conhecemos. O mundo onde vivemos foi construído a partir dessa angústia, assim, a evolução se faz sempre presente e contínua, existe o desejo de deixar sempre uma herança aos nossos sucessores.

A tendência é o aumento de nossas angústias com o passar do tempo. A justificativa desse fenômeno é a busca constante pela evolução, pela solução de todas as nossas angústias, o que é impossível de se conseguir, mesmo porque a questão da morte jamais será plenamente esclarecida. Deparamos então com a grande crítica à ciência – ela nos promete a solução de tudo, contudo, sabemos bem que mesmo com todos os seus significativos avanços, ela nunca dará conta de solucionar todos os ditos problemas humanos.

Podemos concluir que todos nós seres humanos somos seres angustiados, e lidar com essas angústias é um processo natural. Além da nossa, a angústia do outro também interfere em nossa vida, desse modo, devemos lidar também com as angústias do outro. Isso é buscar a saúde. A busca constante pelo equilíbrio.

Naturalmente nossas angústias são superadas, e outras surgem, caracterizando um círculo vicioso, mas vale ressaltar que em todo obstáculo vencido, a sensação de gratificação, alívio e de simplicidade é compensadora, e caracteriza a grande força motivadora do viver a vida.

sábado, 10 de março de 2012

O jovem e a fé

Atualmente percebemos que os jovens são atuantes quando se trata de fé e religião. O principal motivo disso é a grande liberdade que o jovem tem de escolher qual fé adotar. Além disso, são tantas as opções que existem hoje, que não se pode definir de fato uma escolha de fé como uma religião, pois nem sempre se trata da mesma coisa.

Pesquisa feita com 800 jovens brasileiros mostra que 98% deles acreditam em Deus. Entre os que seguem alguma religião, 33% escolheram sua fé por decisão pessoal, sem interferência da família e 17% deles tinham mudado de religião ao menos uma vez.

Essas estatísticas confirmam uma mudança de paradigma, no qual a escolha religiosa não sofre interferência de terceiros, é uma decisão na maioria das vezes pessoal. O jovem se depara com um leque extenso de opções de crenças, doutrinas, conceitos, que o torna a vontade para escolher qual melhor se encaixa em seu modo de pensar e viver.

Além disso, o jovem de hoje tem como grande característica o senso crítico, o posicionamento de sua opinião diante daquilo que lhe é exposto, desse modo, ele não se contenta com imposições sem contestações. Tudo deve ser feito a base de discussões, consenso, argumentação, levando em conta a sua opinião sobre o assunto. Devido a essa nova realidade, as religiões que são mais abertas, são aquelas que cada vez mais possuem jovens atuantes. Aquelas religiões que pregam uma fé baseada na imposição, no simples aceitamento de normas, não são atraentes para muitos jovens. O radicalismo e o imperialismo estão caindo de moda.

Contudo, diante de todo esse contexto, o que o jovem tem a dizer sobre sua fé? Como ele está atuando em seu meio religioso, na comunidade, na família, em sua própria vida? Suas atitudes condizem com sua escolha de fé? São essas as questões que toda e qualquer pessoa deve se perguntar para avaliar se possui uma fé verdadeira. Descobrimos então, qual o grande desafio da juventude. Por mais que muitos jovens sigam uma determinada religião, muitas vezes esses apenas a usam como um título, uma definição, não agregam os valores aprendidos para a sua vida. Expostos a todo tipo de realidade, como violência, drogas, pobreza, ou até mesmo o oposto, excesso de riqueza, capitalismo, consumismo, entre outros, os jovens se encontram desprotegidos, e o único caminho para se tornar imune a essas atrocidades atuais é exercer de fato os valores de sua fé.

Ruth Cecily – Março/2012